A televisão acessório chama a atenção, uma frase
simplesmente ecoou mais alto, se fez ouvida em meio ao emaranhado de
informações. Nas teias cotidianas....
Uma professora de dança de salão ensinando o tango instantâneo:
“_Excelência se reconhece por repetição, repetição,
repetição, repetição!”
Sabe quando a atenção está fragmentada absorta em mil
direções opostas, contrastantes, concordantes, tudo ao mesmo tempo e mais um
pouco?!
Os sons também se apresentam fragmentados, algo da rua como
o ritmo frenético do trânsito caótico, os ônibus rangendo seus cardãs, as
buzinas agudas agonizantes, o asfalto escaldante, os seres errantes, as ratas
das ruas, seus rótulos deturpados, notáveis cacofonias.
A fumaça à meia luz, as partículas de poeira, as roupas e
objetos displicentemente posicionados formavam a cena.
Nada além de rotina, romaria incansável, melancolia.
Agonia, vertigem, rodopia.
Angústia de incerteza.
Agonia, vertigem, rodopia.
Angústia de incerteza.
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