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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aquário translúcido


Aquário translúcido
Rapadura e requeijão
Mergulho, cabeça coral
Corte, rasgando pulsão de azul escarlate

É "cumpanheiro" 
divide a cama e a fama
 lençóis lavanda
brancos áureos imaculados
nem fécula de batata
só um cavalo doido pastando
trevos de quatro folhas

Abre-se a janela
É dia, o sol torpente
Pesadelos de todas as ordens se esvaem
O brilho já não tinha mais a mesma cor
Nada de extraterrestres, nada de extraordinário
Tudo volta a ser opaco e vespertino
Como a brisa da estrada em alta velocidade
Ganhando pastos, ganhando carcarás no ar
Extrapolando fronteiras de todas as ordens
Forasteira da verdade
Mesmice, insanidade

                                              L'oiseau (1928),a painting byPablo Picasso

Não, São Paulo não me cativou nesse ano. Para mim, privilégio não é estar onde “todo mundo está”, mas estar em um lugar onde se pode, num ...