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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

PALAVRAS



PALAVRAS

        Sylvia Plath


Golpes
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.

A seiva
Jorra como pranto, como
Água lutando
Para repor seu espelho
Sobre a rocha

Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro

Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.


(tradução de Ana Cristina César)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CARNAVAL


 nau           carnal

  na vã navalha


   carne junta


  de liga

     elástica e úmida

    na 
   rua



* Imagens captadas no carnaval de 2011 em Paraty-RJ




terça-feira, 31 de maio de 2011

poesia


Você não escolhe a poesia, a poesia te escolhe!
Consome aturdida,
desliza a caneta,
Rabisca,
Arrisca,
Atiça.

domingo, 29 de maio de 2011

Manga rosa



Tomada por sorte me reconstituo
sou toda polpa de sabor álacre maduro
ostento meus horizontes longínquos
da mais alta morada – escala de cônscios

Daqui me arregaço do topo de árvore frondosa
fronte cópula de vendavais certeiros
que me movem em todas as direções
 onde avisto o mar azul  e madureço

Estou arraigada em terreno profícuo
cravada no sangue e sêmen de terra vermelha
pelo chão batido, por tantos chãos batidos
nossas estradas de percorrer

Hoje sou pura
malemolência de manga- rosa
içada ao latente estímulo
do calor dos trópicos
meus férteis domínios.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

.circundante.

quando se conduz a passada
seu tino é a toada.
mas quando o trajeto desvia
tem que içar a rotina
não declinar a energia
que dúvidas são sina.
A travessia fascina
.desafia.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010


Para um bom entendedor meia palavra basta.

E para um bom sonhador?

Meia rima basta?!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Para além da rima


                                                        * Almeida Júnior- Moça com livro


Faço versos sem nexo para além da rima

O conteúdo tampouco importa

Só as palavras procuram a heresia

Hipocrisia da alma cansada

Melodrama

Melancolia!!!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ser (tão)


*Tarsila Amaral- Sol Poente

SER (tão) desertificado


No nada....

Em lugar algum.



Casebre abandonado

Esteira estirada

Assoalho- chão



Sótão Satà Russem

Sabiá cantou também,


Previsibilidade perecível

de vaga-lume em noite de mula sem cabeça.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Água clara

A água está clara,

as pedras ainda estão em seus lugares,

nem o vale e nem os pés de Angico se curvaram

nem mesmo os pássaros revoaram,

somente os sentidos das entranhas

ecoaram...


                                            Flávia Amaro



Estrela poente


Naufrágio em terra,

em nascente cintilante,

e no cruzeiro,

vejo o horizonte exorbitante.

Não, São Paulo não me cativou nesse ano. Para mim, privilégio não é estar onde “todo mundo está”, mas estar em um lugar onde se pode, num ...