O solo da guitarra chorosa
me transporta pro limite
quisto
preciso enxergar a marca d’água
na expressão do pequeno rio que brota
do desejo
os olhos de um sonho
são membranas transponíveis
de um recíproco
eterno retorno
a singela leveza
de um olhar
vertical num corpo horizontal
te chamo
com a música
como fostes entidade
passageiro na remota
viagem
âncora e razão
astronauta de metal
mitificado
foras sim e entre o não
talvez
te esperarei
como esperam os fracos diante
do instante em vão
suspirarei quando sopraste
ao longe
doente de mim
auspícios
de virtude
e vontade
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