quarta-feira, 20 de abril de 2011

I

O lampejo se passava num ambiente inebriante, ou era um sonho de relance?
 Difícil distinguir idas, vindas e tropeços, a cada espasmo titubeio.

Havia um elevador elegante, todo trabalhado no aveludado vermelho carmim, um cabaré, um hotel, ou um botequim?

Por fora a fachada verde bandeira com letras garrafais estampadas, gritava: “Náutico Clube da Ribeira”, e as pessoas quase que saltando pelas sacadas se espremiam para ver...

Uma multidão catártica envolvida num só balanço desconhecido, um embalo nocivo, quase encantamento.

Ritmo contido e coeso, em risco em círculos, rodopia.

No depósito, junto aos alimentos e bebidas, restos de materiais de construção, entre latas de tinta e sacos de feijão...

se esvaia.

3 comentários:

  1. Oi Flávia, passei pra conhecer seu espaço e achei interessante o modo como vc se expressou neste post! Voltarei. bj.

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  2. Oi,

    nessas viagens que faço pela blogosfera, vim parar aqui. Quero dizer somento uma coisa: parabéns.

    Felicidades!

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  3. Perfeito dominio das palavras , adorei esse texto...!

    um beijo !

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