Hoje não me inspiram amores nem desamores, nem tampouco me importam afetos nem
desafetos, todo hábito se esgotou, toda memória se esvaiu teimosa pela cronológica linha do tempo, que liga
o presente a um futuro desconexo, sem sustentação, chave para nenhum fundamento.
É necessário o desprendimento de velhos espectros esquecidos por cantos, frestas, aqueles micro lugares onde a bactéria não é vista, nem sentida à flor da pele, mas que estão ali, incrustados, entranhados como por debaixo das unhas, nas rusgas e superfícies porosas, nos opacos que ofuscamos com o desdém.
Temo desocupar o espaço entregue às traças, mofado, bolorento.
Apego a história inventada, concebida distorcidamente.
Temo desocupar o espaço entregue às traças, mofado, bolorento.
Apego a história inventada, concebida distorcidamente.
Somos no fundo todos uns falsos simpáticos, esgarçamos sorrisos amarelos,
amenizamos, fazemos de conta, como políticos de entreveros, vivemos pelas metades, pelas conveniências- quase
que definitivamente...
Se é mais vísceras quando em intensidade desmedida, a vida pulsando na vontade, no ensejo, na valentia se materializa.
Só quando salto cego no precipício se percebe, o destino final é o que menos importa, o que vale pena é o trajeto, a adrenalina liberada na queda livre.
Uma vez na chuva, agora é pura umidade, dedos enrugados e arco-íris.
lanço-me em águas imprevisíveis, ora mansas, ora bravas
enxurrada lamacenta?!
barro criador,
dança cósmica destrutiva/criativa
caos revelador
Se é mais vísceras quando em intensidade desmedida, a vida pulsando na vontade, no ensejo, na valentia se materializa.
Só quando salto cego no precipício se percebe, o destino final é o que menos importa, o que vale pena é o trajeto, a adrenalina liberada na queda livre.
Uma vez na chuva, agora é pura umidade, dedos enrugados e arco-íris.
lanço-me em águas imprevisíveis, ora mansas, ora bravas
enxurrada lamacenta?!
barro criador,
dança cósmica destrutiva/criativa
caos revelador
Temos os sorrisos esticados pela plasticidade humana.
E dá-lhe xibata no lombo,
E dá-lhe samba no pé!
"upa neguinho na estrada, upa pra lá e pra cá"
"upa neguinho na estrada, upa pra lá e pra cá"
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