Estava sozinha na cidade grande, caminhava dispersa por direções
horizontais e verticais
Me forcei a estar lá, naquele caos, naquele momento
ser mais uma na multidão frenética,
o coração batendo acelerado
pupilas dilatadas de tensionamento,
um empurrão,
um empurrão,
atenção!
Como escolhem estar aqui?!
Formiguinhas no emaranhado submerso dos túneis
São Paulo no metrô me intrigou...
A terra da garoa comove pela dimensão exorbitante
seu fluxo
seu ritmo
seu tônus
Troquei olhares com dezenas de pessoas no anonimato
Elas me observavam diametralmente
à cada ruga de expressão
Impressão minha?
Um fragmento de segundo e minha identidade se fixa perecível
Vários rostos, memórias e histórias ao longo de um dia
boiada dando cabeçada
todos muito, muito próximos.
todos muito, muito próximos.
Como posso sentir um falo sem conhecer seu tato?
distância inexorável
e no tocante ao corpo desconhecido,
se perdeu no tráfego
à passos largos
à passos largos
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