quinta-feira, 24 de março de 2011

O título era mais sugestivo que o conteúdo - expressões de subjetividade multifacetada.


Queria escrever sem intenção prévia de postar, mas com o hábito de cultivar um blog as idéias escritas de uma forma quase que automática acabam sendo por mim postadas antes mesmo de serem devidamente pormenorizadas.
Numa abstração me remeto a um tempo sem internet, tempo em que eu quase nem me lembro mais, justo eu que testemunhei as mudanças, que sou da geração dos primórdios da popularização dessa transformação interligada mundialmente, eu que tive amigos de Cairo e no Moçambique. conectada desde 98. (rs)
Antes disso os escritos podiam nunca sair de esboços manuscritos e que de uma forma ou de outra atendiam a parâmetros pré-estabelecidos. Os versos ficavam contidos?
Hoje num tempo dinâmico, o que não necessariamente é uma qualidade, a informação é inexaurível.
 Eu mesmo muitas vezes posto por postar - interações "googadas", dos idos mircICQ para os blogs e facebooks à perder.
E neste contexto, o que escrevo salvo raras exceções não mais me pertence, é do mundo, é poeira perene de ciber significações, é projeção virtual, escapa à realidade de fato, fatídica, esquiva.E isso é assustador!
 Dos diários evoluí-se (ou regredí-se) para um blog visitado por pessoas de países que não falam minha língua, como exemplo: Hungria, Eslováquia e/ou Turquia.
 Os blogs tem seus próprios formatos e seguem formulando-se por aí.
 Nessas proporções deveria analisar melhor, talvez eu não gostasse de me projetar assim, tão parca, tão aberta, tão esboço de mim mesma, tão ingênua e desnuda.
Em primeiro lugar não consigo sequer descrever este blog, não posso chamar o que faço de poesia, talvez sejam mesmo alguns versos sem nexo para além da rima e da pura e simples abstração instantânea.
 Na verdade há de se averiguar de perto, e estou aberta à interações.
Mas não se iluda caro leitor, tudo não passa de uma projeção, que uma vez projetada em tela, passa a não mais me pertencer.
Pertence à esse turbilhão de informações conectadas.
Sem mais, me apresento humildemente mineira, com a melhor das intenções.
Na consciência inevitável que posto mesmo sem deduzir a dimensão, mesmo sem saber o real motivo da projeção, às vezes oscilo na medida da exposição.
Na verdade queria mesmo era ser ainda mais explícita, falar sobre tudo que me intriga.
Vontade de dar a cara à tapa como atitude altruísta. Servir como boi de piranha.
 _ Vamos, mirem-se nos meus frugais exemplos e aliviem-se.
 Deságüem um pouco de previsibilidade perecível no transcorrer da retina na tela.
 Todos sentem, uns mais, outros menos, uns nos intervalos de suas ocupações, outros nas ocupações de seus intervalos.



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