Numa noite qualquer de janeiro, a chuva caia delicada e
constante enquanto a solidão confundia e se tornava artifício para uma sintonização dos sentidos. Quando
em silêncio profundo e imensurável concentração, um som pouco a pouco se fez perceptível aos
ouvidos, tal como um barulho hipnótico capaz de fazer qualquer desavisado ou descrente cair em
sono profundo num simples piscar de olhos. Ainda que vigilante não sei se suporta, porém
tampouco recai e segue firme no propósito de tentar descrever o que se passa. Por
instantes o ruído se silencia, depois volta com muita veemência, como se muita
turbulência e movimentação se manifestasse em redemoinho numa simplória casa semi-habitada, por
um corpo que escreve e é instrumento letárgico de um lapso sintomático de variações
anímicas.
Sempre ao infinito:
ojo
'Escrever... Mais que um dom, é uma praga!"
ResponderExcluirBelo espaço...
(*=
Sem dúvidas cara Shuzy. Obrigada. ;)
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