terça-feira, 20 de setembro de 2011

Jardim onírico


Tem quimeras em meu jardim
contas de lágrimas em florescência
lírios delirantes em copos de leite nos igarapés
vitórias régias do meu bem querer ruborizado
bolhas de sabão contendo plasmas de intuição
 e compaixão de brandos pranas  de sândalo
brancos estandartes encravados em terra nostálgica
fontes em tranças de fitas adornadas nas franjas da percepção
perdição de espaço sideral- travessia anedótica
quiasma que espanta e prevê
asas de envergadura, vôo raso detalhado
pela minúcia e argúcia localizada
abnegação de instinto bicho
olhos de águia na madrugada
linha do tempo antes do instante
tempero de enlevos restantes
intensidade medida pela  palavra
o excessivo, descoberto, fluindo desgovernado
desamparo de pálpebras invertidas e cílios cerrados por raízes aéreas
letras cristalizadas como favas de mel hidropônico cultivado no mais comedido trato
correnteza de suntuosidade reluzente de subir a corrente de prata umbilical
laços de jasmim e fantasias luminosas
no coração de uma bananeira


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