domingo, 9 de setembro de 2012

dissolve


Nos desertos de sal
harpas sozinhas entoam
desmedidas sintonias

vórtices de mandala
e rosas de cheiro

véus ganham alturas
de éter exalado

dedilhar o manuscrito
artefato de enigma

o que houver de grande
o céu abarca
o que houver de forte
a água dissolve

 no ermo
do oceano onde
o  eco

alivia o hálito de vento
cintila uma luz suave
no desfiladeiro

escorregar
feito seda
de leito
e corredeira
 rio
adentro
feito gruta de embrenhar
feito pedra e osso
de perdição

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