Nos desertos de sal
harpas sozinhas entoam
desmedidas sintonias
vórtices de mandala
e rosas de cheiro
véus ganham alturas
de éter exalado
dedilhar o manuscrito
artefato de enigma
o que houver de grande
o céu abarca
o que houver de forte
a água dissolve
no ermo
do oceano onde
o eco
alivia o hálito de vento
cintila uma luz suave
no desfiladeiro
escorregar
feito seda
de leito
e corredeira
rio
adentro
feito gruta de embrenhar
feito pedra e osso
de perdição
Nenhum comentário:
Postar um comentário