em poço circular
emanando das profundezas da terra
pura fonte de desejos humanos
castos, inatos, instintivos
jorrando da fenda entre a rocha e a areia
vento lunar, lírio branco
moinho de pensamento
sedimento de pedrinhas no fundo
fresco movimento
natural margeado por verde
musgo e umidade
nascente de estrelas luminosas
que dissolvidas se reintegram à essência prima
nostalgia, deja vu
todas as significâncias em ciranda
girando num cósmico céu de brilhantes
guias de orvalho e safira
na noite do vale
assistida.
Fez exercitar minha imaginação da água. Fiquei sem saber: se as palavras do poema são sedimentos da luz da imagem; se as luzinhas da imagem são orvalho dos versos. No fim, achei que era bobagem minha: o orvalho sempre volta; e a palavra é líquida.
ResponderExcluirAbraço, Flávia.
Gilson.