Hoje já não sei de nada
e mesmo do que já soube, me esqueci
o que sinto ou intuo fui eu que escolhi?
O que me falta e de onde eu vim?
Para onde vou e o que é efêmero?
Enquanto não sei protelo
Subestimo-me
Subalterna e subjugada aprendiz
Enquanto tudo fica a beira do abismo
e basta respirar para viver
o que se busca e o que se impõe
a centelha de iluminação
e as sutilezas da revelação
corrente que verte mudança
resignação contente
não faria nada que me acusasse mal a consciência
já não consigo viver bem com meus pensamentos
se tivesse culpa e distorção seria ainda mais insuportável
Confundiram-me e me perdi
De nada tenho certeza
Só que
“nada sei.”