Minha curiosidade pela condição humana vem me conduzindo por tortuosos e enigmáticos caminhos transversos para além da hipocrisia.
São elos que se criam amordaçados em máscaras fortuitas,
os mesmos dilacerados pelo desligamento defensivo-compulsivo.
Não passam de estímulos nervosos tencionados por humanidades tortas,
frouxas, insossas, devassas, salientes e transcendentes.
Nessa roleta-russa alucinada, nessa madrugada exterminada,
Vou fazendo a trajetória inversa Déjà vu.
Vou construindo não-lugares de desespero,
Nosferatus do desejo,
Mausoléu vivo em recordações dispersas.
Viver é muito perigoso!
Não confluências podem ser desastrosas.
É preciso ter cautela e precisão, qualquer passo em falso pode levar ao abismo, ou ainda à contradição.
Não se afogue em nada, tente ao menos um motivo digno.
Viver é muito perigoso!
Mundanas mutações orgânico-sociais
O aparato técnico de que dispõe as esferas comuns da vida privada aparecem reforçados e esgotados no superficial recolhimento do devir ilusório. São transações normativas de caráter ético, intrinsecamente pessoais e capazes de reprimir atitudes autopunitivas e autodestrutivas.
São comportamentos, massificados e repetitivos. Tenho medo disso!
Viver é muito perigoso!
Nenhuma dinastia Siciliana passional me irrompeu essa tarde,
Sigo tranqüila e hesitante,
Cambaleando no labirinto que eu mesma edifiquei
Absorta em construções imagéticas vagas e circundantes,
corrosivas como só a brisa do mar sabe ser.
Letal, passiva, liturgia irracional.
Domínio do nada! Ou do quase nada.
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