terça-feira, 14 de junho de 2016

Breve relato sobre o sobrenatural no cotidiano



Me mudei recentemente para um novo apartamento. Há poucos dias estava sozinha em casa lavando o banheiro do corredor. Fechei a porta para jogar água, quando de repente ouço dois toques na madeira, como se alguém estivesse batendo. Logo em seguida tentei abrir a porta e ela estava trancada. Destranquei, dei uma observada na casa e nada, só havia eu mesma lá. 
As paredes estalam, pequenos ruídos são sempre perceptíveis e independe de onde eu viva. 

Se as pessoas passassem a buscar pelas coincidências e sincronicidades ao invés de rechaçar debochadamente as interferências sobrenaturais, talvez interpretassem tais alterações no ambiente com mais discernimento.Não sei do que se trata, mas não descarto a possibilidade de consciências extracorpóreas estarem se manifestando.


Meus olhos fervem pressões
ajustam-se à distância
ultrapassam vertigens
desfocam-se para ver-te

quarta-feira, 8 de junho de 2016

...



Céu azul cálido, dormente.
Atmosfera de presa que espreita a morte, pequena
de perto e desde de dentro subitamente ataca
na tentativa de tentar se proteger

Palavras esgueiram-se pelos poros anímicos,
enquanto anseiam pela violência íntima dos seus nãos


densidade.



vejo pequenas mortes em seus olhos translúcidos
atormentado reconhecimento
experiência aquém do instinto
comunicação de fronteira expandida
entre a sanidade e a lua-cheia
arrebatamento inaugurado
na ruptura onírica da roda
pelo alento da noite
fenômeno de retaguarda
e densidade


Não, São Paulo não me cativou nesse ano. Para mim, privilégio não é estar onde “todo mundo está”, mas estar em um lugar onde se pode, num ...