quinta-feira, 24 de julho de 2014



Acredito em dimensões sobrepostas, em sombras e em arranjos articulados como teias de uma grandiosa amarração. Projetamos as sombras das antigas cavernas e oscilamos nossos mitos arcaicos entre o fogo elementar e a bruta aceitação de nossa condição natural. Cerco-me de questionamentos e passageiras compreensões, a cotidianidade irresoluta e seus maniqueísmos insurgentes não me comovem, procuro a imensidão de toda perda e me coloco no vão entre a razão e o sentimento que ilumina desde a face sensível ao olhar inteligível. Tudo é perenemente ontológico. E quanto ao caótico, cabe ao corpo convalescer e o que eleva à dor universal, a angústia existencial relativa à saudade da alma de um lugar unívoco onde todo o uno é o calor do cosmos centro, o umbigo de todo o mundo, a convergência de todas as constelações, o núcleo de luz, capaz de suplantar toda a ausência como num movimento, o eterno movimento que sempre conduz do extremo do erro ao extremo do acerto no transcorrer da transversalidade das emanações centrípetas, na irradiação dos relevos e resgates ancestrais.

Um comentário:

Não, São Paulo não me cativou nesse ano. Para mim, privilégio não é estar onde “todo mundo está”, mas estar em um lugar onde se pode, num ...