sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Seu lento enternecer
a vibração recíproca
as cartas reveladas na penumbra
nos corpos escritos
segredos de baú
selos e símbolos de sangue
hábitos retrógrados
especiarias aromáticas
artifícios de sentir
para contas de lágrima
lendas de lembranças forjadas
na criação imagética
das folhas bordadas
que secam ao tempo

expostas.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Creio nos vapores criados por uma respiração em transe
entre a linha tênue, tudo é transponível
no quarto escuro as visões são internas
instantâneas como flashes
milésimos de segundo
de silêncio imprevisto
na preponderância da queda à 0°
imagens se formam e desaparecem
como encantamento
nas paredes palavras incandescentes
dançam fluorescentes
seus céus particulares


palavras cravam a pele
tatuam urgências
como espinhos riscantes
a coluna dorsal
da noite

vozes invisíveis vagueiam
os porões
proclamando presenças de vertigem
palavras que precisam ser transcritas

e avisam sobre as confrarias desfeitas
a preservação só existe na memória
tudo é fluxo e função

palavras plainam e pairam
me reinterpreto a partir do que leio

tudo é transmutação
e movimento

sábado, 5 de outubro de 2013

Toda palavra é a repetição do verbo
primordial recurso através do verso
expresso
somos o futuro nos moldes do passado
ressignificado e intersubjetivamente
devolvido em sentido
somos o objetivo
do tempo
da gira
da gota d’água
tendência genuína das evidências
no desenrolar da experiência
iniciativa de comunicação
expandida

alma grafia

Não, São Paulo não me cativou nesse ano. Para mim, privilégio não é estar onde “todo mundo está”, mas estar em um lugar onde se pode, num ...