sexta-feira, 10 de maio de 2013


Há de se ater sempre
num contínuo esforço imaginário
onde toda obstinação de visagem 
investida em  excursões de pensamento
e corpo arraigado
à desdobrar-se
como um pendulo poderoso
ora ia o mistério,
e ora voltava criatividade
trazendo imagens fluídas
como símbolos do inconsciente
na presença do trajeto
entre o nada e o excesso

Eles se aproximam
chegando cada vez mais perto,
 vindos de todos os lados,
às vezes até de dentro pra fora,
assumindo diferentes formas
e traquejos comunicativos,
estabelecem contato
e logo tomam domínio

quando disfarçados de pássaros
assobiam
melodias hipnóticas
indivisíveis
invadindo sem hesitar
seu lar
de ilusão

quando luzes
podem ser policromos anacrônicos
sempre presentes e talvez pouco acessados
invisíveis
como pequenas auroras bureais
na altura de sua cintura
e você se joga na energia
azul celeste, rosa escarlate, verde neon


brumas brancas
nuvens baixas doando uma energia alucinada ao cosmos
que te acolhe feito bebe no paraíso primordial

terça-feira, 7 de maio de 2013


Nenhum dia passado sob o sol, embaixo de uma árvore, à beira de uma água que corre terá sido em vão, qualquer folha que cai traz consigo a noção do tempo perdido e do tempo potência de criação/destruição. Até mesmo o quase imperceptível estalar do prado que se converte em dourado no tempo do vento solto se sente inerente à terra que o conforta em ciclos. E quando se contempla a natureza se está no aqui e agora, na necessidade ontológica que ancora os corações em busca. E quando a abóbada celeste se abre a um olhar/palavra sensível, atento às nuances de luzes que se ascendem e dançam no sutil cosmos engatilhado de significações, o silêncio se irmana ao amor sóbrio à sombra do sono oculto.
Que todo organismo encontre seu fluxo e o respeite e o enfrente, posto que é dissolúvel, mas que siga seu rumo, seu trânsito noturno. No onírico domínio das fábulas e verossimilhanças, seu destino total, de sal, posto que é lagrima e não se cristaliza, mas escorre até o peito percurso rumo ao primordial e elementar existir- oceano profundo.

Não, São Paulo não me cativou nesse ano. Para mim, privilégio não é estar onde “todo mundo está”, mas estar em um lugar onde se pode, num ...