terça-feira, 10 de janeiro de 2012

09/01/12

Numa noite qualquer de janeiro, a chuva caia delicada e constante enquanto a solidão confundia e se tornava artifício para uma sintonização dos sentidos. Quando em silêncio profundo e imensurável concentração, um som pouco a pouco se fez perceptível aos ouvidos, tal como um barulho hipnótico capaz de fazer qualquer desavisado ou descrente cair em sono profundo num simples piscar de olhos. Ainda que vigilante não sei se suporta, porém tampouco recai e segue firme no propósito de tentar descrever o que se passa. Por instantes o ruído se silencia, depois volta com muita veemência, como se muita turbulência e movimentação se manifestasse em redemoinho numa simplória casa semi-habitada, por um corpo que escreve e é instrumento letárgico de um lapso sintomático de variações anímicas.
Sempre ao infinito:
ojo

2 comentários:

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