terça-feira, 22 de novembro de 2011

quebras-retilíneas

Você observa nuances
e todo diálogo desperta
sugestão  e prece

recorta e provém
fontes suscetíveis
hediondas
reverberando num cosmo absoluto

lúcidos resgates e atentados
contra a integridade
defesa
de ambas as partes

Longevos antepastos
tempos marcados por fluxos ininterruptos
consciência, ausência e tédio
toda emoção que carrego
à  miméticos segundos

E como se é vasto do osso ao pó
e pertencimento
sentença presa entre os dentes
translação em utopia
lince e metáfora
anomia

3 comentários:

  1. não importa quem atracava quem, se fulano ou ciclano. eles ciscavam, tal qual bicho de titica na cabeça. pior que briga de galo.
    eram aves de vôos baixos que no entanto, desejam e na verdade merecem o céu. Ambos, céu é tão grande e cada um sabe do seu.
    Com elevação aprenderão a voar de rapina e em bando.

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  2. Genial esse poema.

    "E como se é vasto do osso ao pó
    e pertencimento
    sentença presa entre os dentes
    translação em utopia
    lince e metáfora
    anomia"

    fecho fantástico para um poema marcante. gostei demais.

    beijo.

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  3. Obrigada Celso, sua leitura sempre sensível é um estímulo. Abraços.

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