quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dorsal calafrio


Ouço sinos que reverberam em transe
Cultivo cânticos de outras eras
Gera sem atrito labaredas
E me incendeia em cândidas palavras

Oh!lume incólume despenhadeiro,
Olho-te com toda a reverência merecida
Ataco mesmo sem alma, sangue, suor e saliva*
queda livre

*(organicidades necessárias em alguns domínios
arbitrários talvez por esmorecer a  lira )

Fito-te com olhos humanos faiscantes e inacabados
Perenes, trêfegos, compulsivos

Balado ouvido
Finda?
Tome tino!

Iguaria exótica,
peixe abissal,
meu dorsal calafrio.



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