sexta-feira, 8 de abril de 2011

Melodias harmoniosas em limites próximos vem num sopro vespertino





Revoada de codornas chocas
remanso de vertigem passageira
esteira de palha e as pedras no milho
paiol, cobra coral chocalha
bicho de pé na mangueira
fogueira e as labaredas
pássaros citadinos noturnos
são pardais à procura de becos entre frestas
nas varandas e varais
vilas da alma
vilipendiado viveres
paina e plumas das palmeiras
coco oco, ribanceira
Lesmas, caracóis, espirais
Curral, bezerro pula
freira gorda alada
Poeira levanta, leite no balde
Polenta deglute, miado de gato
Tecendo saberes
nos melindres maus dizeres
nos causos, infotúnios
nas interações da rotina
Zumbizando voa o mosquito
Zoa no ouvido o zumbido
Fera, farpa, atrás da cerca
Fecha porta Mariquita!
Abre só ao ½ dia.







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